Ano após ano, o cenário repete-se. As temperaturas elevadas da estação seca e a dessecação da vegetação são factores propícios à propagação dos incêndios florestais, um flagelo para as áreas verdes em Portugal. Na origem da sua ignição podem estar causas naturais, no entanto são, maioritariamente, antropogénicas.
Os incêndios florestais marcam e alteram profundamente a paisagem onde se desenvolvem e alastram. Podem ter efeitos imediatos e a longo prazo, como a degradação da qualidade dos solos.
Assim, neste painel serão abordados alguns destes efeitos e exemplos de recuperação florestal e prevenção de incêndios, de uma perspectiva ecológica e tecnológica.
ORADORES E PALESTRAS
MODERADOR: Prof.º Francisco Castro Rego, ISA/UTL
Francisco Castro Rego é coordenador do Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves (CEABN), do Instituto Superior de Agronomia (ISA) e Vice-Director do Laboratório Associado InBIO (Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva).
Professor com Agregação no Instituto Superior de Agronomia, com Licenciatura em Silvicultura e Doutoramento em Forestry and Wildlife and Range Management pela Universidade de Idaho.
ORADORES
Arq.º Henrique Pereira dos Santos, Montis | “Isso que comeis”
Henrique Pereira dos Santos é casado e pai de quatro filhos. Trabalhou em áreas protegidas e conservação da natureza mais de trinta anos, incluindo no ordenamento e gestão de áreas protegidas e Rede Natura 2000. Tem estudado a evolução da paisagem rural de Portugal continental no século XX e sua relação com a dinâmica da biodiversidade. Publicou os livros “Do tempo e da paisagem”, “O gosto de Sicó” e “Portugal: paisagem rural”
Dr. Miguel Bugalho, ISA-UL | “A gestão florestal sustentável e a conservação da biodiversidade e dos serviços do ecossistema”
Miguel Bugalho é Investigador no Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves (CEABN), do Instituto Superior de Agronomia (ISA), Universidade de Lisboa. É doutorado em Zoologia, mestre em Ecologia e Engenheiro Florestal, ramo de Gestão de Recursos Naturais, pelo Instituto Superior de Agronomia. Tem como principal área de investigação a ecologia animal e comportamento alimentar de grandes herbívoros. É também colaborador do Programa Mediterrâneo da World Wide Fund for Nature (WWF), uma organização global de conservação, através da qual tem desenvolvido interesses na investigação sobre gestão sustentável dos ecossistemas florestais. Está particularmente interessado em saber como é que a gestão florestal pode ser usada com objectivos de conservação da biodiversidade e dos serviços do ecossistema.
Eng.º Paulo Domingues, Quercus | “Recuperação ecológica do Cabeço Santo”
Licenciado e Doutorado em Electrónica e Telecomunicações, dedica-se contudo hoje a outras áreas: energia solar, agricultura, apicultura e floresta. Membro da Quercus desde os primeiros tempos, é desde 2006, coordenador do Projecto Cabeço Santo, um projecto de recuperação ecológica e paisagística.
Eng.º Tiago Oliveira, The Navigator Company| “A gestão do risco de incêndio florestal – o caso da The Navigator Company”
Engenheiro Florestal e Mestre em Gestão de Recursos Naturais com 20 anos de experiência em actividades nacionais e internacionais, especializou-se no tema da gestão e governança de risco. Atualmente trabalha na PortucelSoporcel como gestor de Proteção Florestal, tendo coordenado a participação no projecto científico MIT Fire-Engine. Foi o coordenador executivo da proposta técnica do Plano Nacional de Incêndios Florestais e exerceu funções no sector público. Ao longo do seu percurso desenvolveu competências na área da estratégia, planeamento, análise de investimentos, gestão de informação geográfica, detecção remota, desenvolvimento, gestão da mudança, gestão de operações, de projecto e comunicação.
Jornadas de Engenharia do Ambiente do Instituto Superior Técnico 